Operadores de Checkouts NR17

Modificado em Fri, 28 Feb 2014 na (o) 03:56 PM

ANEXO I DA NR-17 

Publicação D.O.U. 

Portaria SIT n.º 08, 30 de março de 2007 02/04/07 

Portaria SIT n.º 13, de 21 de junho de 2007 26/06/07 

TRABALHO DOS OPERADORES DE CHECKOUT 

1. Objetivo e campo de aplicação 

1.1. Esta Norma objetiva estabelecer parâmetros e diretrizes mínimas para adequação das condições de trabalho dos 

operadores de checkout, visando à prevenção dos problemas de saúde e segurança relacionados ao trabalho. 

1.2. Esta Norma aplica-se aos empregadores que desenvolvam atividade comercial utilizando sistema de autoserviço e checkout, como supermercados, hipermercados e comércio atacadista. 

2. O posto de trabalho 

2.1. Em relação ao mobiliário do checkout e às suas dimensões, incluindo distâncias e alturas, no posto de trabalho 

deve-se: 

a) atender às características antropométricas de 90% dos trabalhadores, respeitando os alcances dos membros e da 

visão, ou seja, compatibilizando as áreas de visão com a manipulação; 

b) assegurar a postura para o trabalho na posição sentada e em pé, e as posições confortáveis dos membros 

superiores e inferiores, nessas duas situações; 

c) respeitar os ângulos limites e trajetórias naturais dos movimentos, durante a execução das tarefas, evitando a 

flexão e a torção do tronco; 

d) garantir um espaço adequado para livre movimentação do operador e colocação da cadeira, a fim de permitir a 

alternância do trabalho na posição em pé com o trabalho na posição sentada; 

e) manter uma cadeira de trabalho com assento e encosto para apoio lombar, com estofamento de densidade 

adequada, ajustáveis à estatura do trabalhador e à natureza da tarefa; 

f) colocar apoio para os pés, independente da cadeira; 

g) adotar, em cada posto de trabalho, sistema com esteira eletro-mecânica para facilitar a movimentação de 

mercadorias nos checkouts com comprimento de 2,70 metros ou mais; 

h) disponibilizar sistema de comunicação com pessoal de apoio e supervisão; 

i) manter mobiliário sem quinas vivas ou rebarbas, devendo os elementos de fixação (pregos, rebites, parafusos) 

ser mantidos de forma a não causar acidentes. 

2.2. Em relação ao equipamento e às ferramentas utilizadas pelos operadores de checkout para o cumprimento de 

seu trabalho, deve-se: 

a) escolhê-los de modo a favorecer os movimentos e ações próprias da função, sem exigência acentuada de força, 

pressão, preensão, flexão, extensão ou torção dos segmentos corporais; 

b) posicioná-los no posto de trabalho dentro dos limites de alcance manual e visual do operador, permitindo a 

movimentação dos membros superiores e inferiores e respeitando a natureza da tarefa; 

c) garantir proteção contra acidentes de natureza mecânica ou elétrica nos checkouts, com base no que está 

previsto nas normas regulamentadoras do MTE ou em outras normas nacionais, tecnicamente reconhecidas; 

d) mantê-los em condições adequadas de funcionamento. 

2.3. Em relação ao ambiente físico de trabalho e ao conjunto do posto de trabalho, deve-se: 

a) manter as condições de iluminamento, ruído, conforto térmico, bem como a proteção contra outros fatores de 

risco químico e físico, de acordo com o previsto na NR-17 e outras normas regulamentadoras; 

b) proteger os operadores de checkout contra correntes de ar, vento ou grandes variações climáticas, quando 

necessário; c) utilizar superfícies opacas, que evitem reflexos incômodos no campo visual do trabalhador. 

2.4. Na concepção do posto de trabalho do operador de checkout deve-se prever a possibilidade de fazer adequações 

ou ajustes localizados, exceto nos equipamentos fixos, considerando o conforto dos operadores. 

3. A manipulação de mercadorias 

3.1. O empregador deve envidar esforços a fim de que a manipulação de mercadorias não acarrete o uso de força 

muscular excessiva por parte dos operadores de checkout, por meio da adoção de um ou mais dos seguintes itens, 

cuja escolha fica a critério da empresa: 

a) negociação do tamanho e volume das embalagens de mercadorias com fornecedores; 

b) uso de equipamentos e instrumentos de tecnologia adequada; 

c) formas alternativas de apresentação do código de barras da mercadoria ao leitor ótico, quando existente; 

d) disponibilidade de pessoal auxiliar, quando necessário; 

e) outras medidas que ajudem a reduzir a sobrecarga do operador na manipulação de mercadorias. 

3.2. O empregador deve adotar mecanismos auxiliares sempre que, em função do grande volume ou excesso de peso 

das mercadorias, houver limitação para a execução manual das tarefas por parte dos operadores de checkout. 

3.3. O empregador deve adotar medidas para evitar que a atividade de ensacamento de mercadorias se incorpore ao 

ciclo de trabalho ordinário e habitual dos operadores de checkout, tais como: 

a) manter, no mínimo, um ensacador a cada três checkouts em funcionamento; 

b) proporcionar condições que facilitem o ensacamento pelo cliente; 

c) outras medidas que se destinem ao mesmo fim. 

3.3.1. A escolha dentre as medidas relacionadas no item 3.3 é prerrogativa do empregador. 

3.4. A pesagem de mercadorias pelo operador de checkout só poderá ocorrer quando os seguintes requisitos forem 

atendidos simultaneamente: 

a) balança localizada frontalmente e próxima ao operador; 

b) balança nivelada com a superfície do checkout; 

c) continuidade entre as superfícies do checkout e da balança, admitindo-se até dois centímetros de 

descontinuidade em cada lado da balança; 

d) teclado para digitação localizado a uma distância máxima de 45 centímetros da borda interna do checkout; 

e) número máximo de oito dígitos para os códigos de mercadorias que sejam pesadas. 

3.5. Para o atendimento no checkout, de pessoas idosas, gestantes, portadoras de deficiências ou que apresentem 

algum tipo de incapacidade momentânea, a empresa deve disponibilizar pessoal auxiliar, sempre que o operador de 

caixa solicitar. 

4. A organização do trabalho 

4.1. A disposição física e o número de checkouts em atividade (abertos) e de operadores devem ser compatíveis com 

o fluxo de clientes, de modo a adequar o ritmo de trabalho às características psicofisiológicas de cada operador, por 

meio da adoção de pelo menos um dos seguintes itens, cuja escolha fica a critério da empresa: 

a) pessoas para apoio ou substituição, quando necessário; 

b) filas únicas por grupos de checkouts; 

c) caixas especiais (idosos, gestantes, deficientes, clientes com pequenas quantidades de mercadorias); 

d) pausas durante a jornada de trabalho; 

e) rodízio entre os operadores de checkouts com características diferentes; 

f) outras medidas que ajudem a manter o movimento adequado de atendimento sem a sobrecarga do operador de 

checkout. 4.2. São garantidas saídas do posto de trabalho, mediante comunicação, a qualquer momento da jornada, para que os 

operadores atendam às suas necessidades fisiológicas, ressalvado o intervalo para refeição previsto na Consolidação 

das Leis do Trabalho. 

4.3. É vedado promover, para efeitos de remuneração ou premiação de qualquer espécie, sistema de avaliação do 

desempenho com base no número de mercadorias ou compras por operador. 

4.4. É atribuição do operador de checkout a verificação das mercadorias apresentadas, sendo-lhe vedada qualquer 

tarefa de segurança patrimonial. 

5. Os aspectos psicossociais do trabalho 

5.1. Todo trabalhador envolvido com o trabalho em checkout deve portar um dispositivo de identificação visível, 

com nome e/ou sobrenome, escolhido(s) pelo próprio trabalhador. 

5.2. É vedado obrigar o trabalhador ao uso, permanente ou temporário, de vestimentas ou propagandas ou 

maquilagem temática, que causem constrangimento ou firam sua dignidade pessoal. 

6. Informação e formação dos trabalhadores 

6.1. Todos os trabalhadores envolvidos com o trabalho de operador de checkout devem receber treinamento, cujo 

objetivo é aumentar o conhecimento da relação entre o seu trabalho e a promoção à saúde. 

6.2. O treinamento deve conter noções sobre prevenção e os fatores de risco para a saúde, decorrentes da 

modalidade de trabalho de operador de checkout, levando em consideração os aspectos relacionados a: 

a) posto de trabalho; 

b) manipulação de mercadorias; 

c) organização do trabalho; 

d) aspectos psicossociais do trabalho; 

e) agravos à saúde mais encontrados entre operadores de checkout. 

6.2.1. Cada trabalhador deve receber treinamento com duração mínima de duas horas, até o trigésimo dia da data da 

sua admissão, com reciclagem anual e com duração mínima de duas horas, ministrados durante sua jornada de 

trabalho. 

6.3. Os trabalhadores devem ser informados com antecedência sobre mudanças que venham a ocorrer no processo 

de trabalho. 

6.4. O treinamento deve incluir, obrigatoriamente, a disponibilização de material didático com os tópicos 

mencionados no item 6.2 e alíneas. 

6.5. A forma do treinamento (contínuo ou intermitente, presencial ou à distância, por palestras, cursos ou 

audiovisual) fica a critério de cada empresa. 

6.6. A elaboração do conteúdo técnico e avaliação dos resultados do treinamento devem contar com a participação 

de integrantes do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho e da Comissão Interna de Prevenção 

de Acidentes, quando houver, e do coordenador do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional e dos 

responsáveis pela elaboração e implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. 

7. Disposições Transitórias 

7.1. As obrigações previstas neste anexo serão exigidas após encerrados os seguintes prazos: 

7.1.1. Para os subitens 1.1; 1.2; 3.2; 3.5; 4.2; 4.3 e 4.4, prazo de noventa dias. 

7.1.2. Para os subitens 2.1 “h”; 2.2 “c” e “d”; 2.3 “a” e “b”; 3.1 e alíneas; 4.1 e alíneas; 5.1; 5.2; e 6.3, prazo de 

cento e oitenta dias. (alterado pela Portaria SIT n.º 13, de 21 de junho de 2007) 

7.1.3. Para Subitens 2.1 “e” e “f”; 3.3 “a”, “b” e “c”; 3.3.1; 6.1; 6.2 e alíneas; 6.2.1; 6.4; 6.5 e 6.6, prazo de um ano. 

(alterado pela Portaria SIT n.º 13, de 21 de junho de 2007)7.1.4. Para os subitens 2.1 “a”, “b”, “c”, “d”, “g” e “i”; 2.2 “a” e “b”; 2.3 “c”; 2.4 e 3.4 e alíneas, prazos conforme o 

seguinte cronograma: 

a) Janeiro de 2008 – todas as lojas novas ou que forem submetidas a reformas; 

b) Até julho de 2009 – 15% das lojas; 

c) Até dezembro de 2009 – 35% das lojas; 

d) Até dezembro de 2010 – 65% das lojas; 

e) Até dezembro de 2011 – todas as lojas. 


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